Este episódio explora os desafios da resposta europeia unificada à guerra na Ucrânia, focando-se na questão dos gastos militares e na necessidade de uma maior coordenação entre os Estados-membros. Contra o pano de fundo da pressão do secretário-geral da NATO para que os países aumentem os seus gastos de defesa para além dos 2% do PIB, o historiador Bruno Cardoso Reis argumenta que o principal obstáculo não é financeiro, mas sim a falta de unidade e a estrutura descentralizada da União Europeia. Mais significativamente, Reis defende a utilização de formatos mais flexíveis e colaborativos, envolvendo grupos de países com interesses comuns, em vez de depender dos processos burocráticos da UE. Por exemplo, ele destaca a importância de uma frente unida, mesmo que não inclua todos os Estados-membros, considerando a postura de países como a Hungria e a Itália. A discussão também aborda a tentativa da Rússia de pressionar pela mudança de regime na Ucrânia, a posição ambígua dos Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump, e o impacto das sanções económicas europeias na Rússia. Em suma, o episódio destaca a complexidade da situação geopolítica e a necessidade de uma resposta europeia mais eficaz e coordenada, considerando as diferentes posições e interesses dos Estados-membros e a influência da política americana.